Insetos nas plantas? Guia para saber o que são, danos e como combatê-los
- Jesús Martínez
- 28 de mar.
- 17 min de leitura
Os insetos fitófagos representam uma das principais ameaças à saúde das plantas. Sua alimentação pode enfraquecer as culturas, transmitir doenças e impactar significativamente a produção agrícola. Neste artigo, exploraremos as pragas mais comuns, suas características, os danos que causam e estratégias para seu controle.
1. Pulgões (Aphididae)
Os pulgões são pequenos insetos de corpo mole que se alimentam da seiva das plantas. Existem muitas espécies diferentes e, embora variem em cor (verde, preto, amarelo, marrom ou até rosado), todos compartilham características semelhantes. Reproduzem-se rapidamente, o que lhes permite formar grandes colônias em pouco tempo. São especialmente problemáticos em culturas agrícolas, hortas e jardins, pois podem enfraquecer as plantas e transmitir vírus fitopatogênicos.

Identificação
Os pulgões medem entre 1 e 4 mm de comprimento, possuem um corpo em forma de pera e geralmente são encontrados agrupados nos brotos novos, no verso das folhas e nos caules jovens. Algumas espécies desenvolvem asas quando as populações se tornam muito numerosas e precisam se dispersar. Eles possuem duas estruturas tubulares na parte posterior do abdômen chamadas cornículos, que secretam substâncias químicas defensivas.
Sinais/danos
Os pulgões perfuram os tecidos das plantas com seu aparelho bucal sugador e extraem a seiva, enfraquecendo a planta e causando:
Folhas enroladas, amareladas ou deformadas.
Crescimento atrofiado.
Presença de melada, uma substância pegajosa que excretam e que favorece o desenvolvimento de fungos como a fumagina (fuligem negra).
Atração de formigas, que protegem os pulgões em troca de se alimentarem da melada.
Transmissão de vírus vegetais, o que pode causar doenças graves nas culturas.
Controle
Para controlar as populações de pulgões, podem ser aplicados vários métodos:
Controle biológico: Introduzir inimigos naturais, como joaninhas (Coccinellidae), crisopídeos (Chrysopidae) ou vespas parasitoides (Aphidiinae).
Métodos culturais: Podar as partes infestadas, evitar o excesso de nitrogênio nos fertilizantes, promover a biodiversidade no jardim e utilizar armadilhas cromáticas ou adesivas.
Soluções caseiras: Pulverizar com água com sabão, extrato de alho ou óleo de neem.
Controle químico: Em casos graves, podem ser utilizados inseticidas específicos, sempre com cautela para não prejudicar insetos benéficos. Formulações à base de acetamiprida, azadiractina, cipermetrina, deltametrina, esfenvalerato ou piretrinas.
Quer saber mais sobre os pulgões e como se livrar deles?
Quer saber como fazer as suas próprias armadilhas adesivas caseiras?
2. Ácaros (Tetranychidae, Eriophyidae e Tarsonemidae)
Os ácaros são diminutos artrópodes que afetam uma grande variedade de plantas, desde culturas agrícolas até plantas ornamentais. São parentes próximos das aranhas e, assim como elas, algumas espécies produzem finas teias nas folhas. Embora sejam difíceis de detectar a olho nu devido ao seu tamanho microscópico, sua rápida reprodução e alimentação sugadora podem enfraquecer gravemente as plantas.

Identificação
Os ácaros variam de cor conforme a espécie e a fase de desenvolvimento, podendo ser vermelhos, amarelos, verdes, marrons ou translúcidos. Medem menos de 1 mm de comprimento e geralmente são encontrados no verso das folhas. As espécies mais comuns incluem:
Ácaros-aranha (Tetranychidae): Produzem finas teias e deixam um aspecto pontilhado nas folhas.
Ácaros eriofídeos (Eriophyidae): São microscópicos e causam deformações em folhas, caules e frutos.
Ácaros tarsonemídeos (Tarsonemidae): Atacam brotos jovens e deformam o crescimento da planta.
Sinais/danos
Os sintomas de infestação por ácaros incluem:
Folhas com pontuações amarelas ou bronzeadas.
Finas teias no verso das folhas e entre os caules.
Folhas deformadas, secas ou caídas.
Retardo no crescimento da planta.
Os ácaros prosperam em ambientes quentes e secos, por isso, períodos prolongados de calor favorecem sua proliferação.
Controle
Para manejar as populações de ácaros, podem ser aplicadas diversas estratégias:
Controle biológico: Introduzir predadores naturais, como o ácaro Phytoseiulus persimilis ou a crisopa verde (Chrysopidae).
Métodos culturais: Manter a umidade adequada, evitar o estresse hídrico, borrifar água para dificultar seu desenvolvimento e utilizar armadilhas cromáticas ou adesivas.
Soluções caseiras: Aplicar extrato de alho, óleo de neem ou sabão de potássio.
Controle químico: Utilizar óleos hortícolas e produtos acaricidas à base de abamectina, hexythiazox, lambda-cialotrina ou tau-fluvalinato.
Quer saber mais sobre os ácaros e como eliminá-los?
3. Mosca branca (Aleyrodidae)
As moscas-brancas são pequenos insetos sugadores que se alimentam da seiva das plantas. Apesar do nome, não são moscas verdadeiras, mas sim parentes próximas dos pulgões e das cochonilhas. Costumam ser encontradas em grandes grupos no verso das folhas e são pragas comuns em culturas agrícolas, jardins e estufas. Além de enfraquecerem as plantas, podem transmitir vírus vegetais e facilitar o surgimento de fungos.

Identificação
Os adultos da mosca-branca medem entre 1 e 3 mm de comprimento e possuem asas brancas cobertas com uma substância cerosa. Suas larvas são pequenas, de cor amarelada, e permanecem aderidas às folhas enquanto completam seu desenvolvimento. A mosca-branca costuma se agrupar no verso das folhas e, ao sacudir a planta, os adultos voam rapidamente em pequenos enxames.
Sinais/danos
Os principais sintomas de uma infestação de mosca-branca incluem:
Folhas amareladas e enfraquecidas devido à extração de seiva.
Presença de melada pegajosa, que favorece o crescimento de fungos como a fumagina (fuligem negra).
Queda prematura das folhas.
Transmissão de vírus fitopatogênicos, o que pode afetar gravemente culturas como tomate, pimentão e couve.
Controle
Para combater a mosca-branca, podem ser aplicadas diversas estratégias:
Controle biológico: Introduzir predadores naturais como joaninhas, vespas parasitoides e crisopas, ou o uso de fungos como Beauveria bassiana.
Métodos culturais: Colocar armadilhas adesivas amarelas, manter a rotação de culturas, evitar o excesso de fertilização nitrogenada e utilizar armadilhas cromáticas ou adesivas (cor amarela), que são muito eficazes.
Soluções caseiras: Aplicar sabão de potássio, óleo de neem ou extratos de alho e pimenta.
Controle químico: Em infestações graves, usar inseticidas específicos como piretroides ou formulados à base de acetamiprida, azadiractina, cipermetrina, deltametrina, lambda-cialotrina ou esfenvalerato.
Quer saber mais sobre as moscas-brancas e como eliminá-las?
4. Minadores de folhas (Agromyzidae e Gracillariidae)
Os minadores de folhas são larvas de insetos que se alimentam do tecido interno das folhas, criando túneis visíveis em forma de linhas ou manchas irregulares. Esses túneis afetam a capacidade fotossintética da planta e podem enfraquecê-la consideravelmente se a infestação for grave. Diferentes espécies de insetos podem causar esse dano, incluindo larvas de moscas (Agromyzidae), mariposas (Gracillariidae) e besouros.

Identificação
Os adultos variam conforme a espécie:
Moscas minadoras (Agromyzidae): Pequenas, de cor preta ou cinza, com patas e asas transparentes.
Mariposas minadoras (Gracillariidae): Mariposas diminutas, com asas estreitas e pelos finos no corpo.
Besouros minadores: Pequenos, geralmente escuros, com larvas que perfuram folhas e caules.
As larvas são de cor branca ou amarelo pálido e vivem dentro do tecido da folha, formando galerias sinuosas ou manchas irregulares.
Sinais/danos
Galerias ou túneis translúcidos na superfície das folhas.
Folhas deformadas, amareladas ou secas.
Diminuição do crescimento da planta devido à redução da fotossíntese.
Pontos negros nas galerias, que são os excrementos das larvas.
As espécies de minadores afetam cultivos hortícolas como tomate, espinafre, cítricos e plantas ornamentais, enfraquecendo as plantas e tornando-as mais suscetíveis a doenças..
Controle
Controle biológico: Introduzir vespas parasitas, que atacam as larvas, e empregar agentes de biocontrole como Bacillus thuringiensis.
Métodos culturais: Retirar e destruir folhas infestadas, evitar o monocultivo e fazer a rotação de culturas.
Soluções caseiras: Aplicar óleo de neem ou sabão potássico para reduzir a presença de adultos.
Controle químico: Em casos graves, usar inseticidas sistêmicos como acetamiprida, azadiractina, deltametrina, lambda cihalotrin ou spinetoram.
5. Cicadelídeos, cigarrinhas ou saltadores (Cicadellidae)
Os cicadélidos, também conhecidos como chicharritas ou saltahojas, são pequenos insetos que se alimentam da seiva das plantas através de seu aparelho bucal picador-sugador. São extremamente móveis e podem saltar ou voar rapidamente quando se sentem ameaçados. Além de enfraquecer as plantas, muitas espécies de cicadélidos são vetores de doenças fitopatogênicas, como fitoplasmas e vírus, tornando-os uma praga perigosa em cultivos agrícolas e ornamentais.

Identificação
Os adultos dos cicadélidos costumam medir entre 2 e 15 mm de comprimento e apresentam corpos alongados com cores variáveis, que vão do verde e amarelo ao marrom ou padrões chamativos. Suas asas são membranosas e a característica mais notável é sua capacidade de salto, graças às suas patas traseiras bem desenvolvidas. As ninfas são semelhantes aos adultos, mas não possuem asas completamente desenvolvidas.
Sinais/danos
Punteado ou descoloração nas folhas devido à extração de seiva.
Nanismo ou crescimento atrofiado nas plantas afetadas.
Presença de excrementos açucarados nas folhas, que podem atrair fungos como a fumagina.
Transmissão de doenças vegetais, como a "folha filiforme do arroz" ou a "clorose variegada dos cítricos".
Controle
Controle biológico: Favorecer a presença de predadores naturais como joaninhas, crisopídeos e vespas parasitoides, e aplicar nematoides parasitoides como Steinernema carpocapsae.
Métodos culturais: Manter a rotação de culturas, eliminar plantas daninhas hospedeiras e evitar o excesso de adubação nitrogenada.
Soluções caseiras: Aplicar extrato de alho, sabão de potássio ou óleo de neem nas folhas.
Controle químico: Em infestações severas, utilizar inseticidas sistêmicos ou de contato, como piretroides ou formulações à base de acetamiprido, azadiractina, cipermetrina, deltametrina, lambda-cialotrina ou esfenvalerato.
6. Tripes (Thysanoptera)
Os tripes são pequenos insetos alongados que se alimentam perfurando as células vegetais e sugando seu conteúdo, causando danos em folhas, flores e frutos. São pragas comuns em estufas, culturas agrícolas e plantas ornamentais. Além disso, algumas espécies de tripes são vetores de vírus fitopatogênicos, como o vírus do bronzeado do tomate (TSWV), tornando-os ainda mais problemáticos para a agricultura.

Identificação
Os adultos dos cicadélidos medem entre 1 e 2 mm de comprimento, possuem corpos finos e alongados, com cores que variam de amarelo pálido a marrom escuro ou preto. Suas asas são estreitas e apresentam franjas.
As ninfas são semelhantes aos adultos, mas sem asas e com uma coloração mais clara.
Sinais/danos
Manchas prateadas ou bronzeadas nas folhas devido à destruição celular.
Deformação em folhas, flores e frutos.
Presença de excrementos em forma de pequenos pontos pretos.
Transmissão de vírus em culturas como tomate, pimentão e alface.
Controle
Controle biológico: Introduzir inimigos naturais, como ácaros predadores (Amblyseius swirskii), crisopídeos, percevejos predadores como Orius spp. ou nematoides predadores como Heterorhabditis bacteriophora.
Métodos culturais: Eliminar plantas daninhas, utilizar armadilhas cromáticas ou adesivas azuis ou amarelas e evitar o excesso de nitrogênio na adubação.
Soluções caseiras: Aplicar extrato de alho, óleo de neem ou sabão de potássio nas plantas afetadas.
Controle químico: Em casos severos, utilizar inseticidas seletivos como espinosade, acetamiprido, azadiractina, cipermetrina, deltametrina, lambda-cialotrina, esfenvalerato ou piretroides.
Quer saber mais sobre os tripes e como se livrar deles?
7. Lagartas (Lepidoptera - Larvas de borboletas e traças)
As lagartas são a fase larval das borboletas e mariposas. Elas são uma das pragas mais destrutivas na agricultura, pois se alimentam de folhas, caules, flores e frutos, causando danos severos a cultivos hortícolas, frutíferos e ornamentais. Dependendo da espécie, podem consumir grandes quantidades de tecido vegetal em pouco tempo e afetar a produção das culturas.

Identificação
Larvas: Corpo mole e cilíndrico, com 3 pares de patas verdadeiras no tórax e até 5 pares de falsas patas no abdômen. Elas geralmente medem de alguns milímetros até 5 cm de comprimento, com cores e padrões variados de acordo com a espécie.
Adultos: Transformam-se em borboletas ou mariposas de diferentes tamanhos e cores.
Sinais/danos
Sintomas de infestação por orugas:
Folhas perfuradas ou completamente consumidas.
Presença de excrementos escuros nas folhas.
Casulos de seda na planta (em espécies que formam abrigos).
Frutos danificados com perfurações ou galerias internas.
Desfolhação severa em culturas como tomate, couve, alface, cítricos e cereais.
Controle
Controle biológico: Uso de parasitoides como Trichogramma spp., predadores naturais como crisopídeos e joaninhas, ou aplicação de fungos como Beauveria bassiana.
Métodos culturais: Remover manualmente lagartas e ovos, promover a biodiversidade para atrair inimigos naturais e realizar rotação de culturas.
Soluções caseiras: Aplicar extrato de neem, infusão de alho ou Bacillus thuringiensis (Bt), uma bactéria natural que ataca especificamente as larvas.
Controle químico: Utilizar inseticidas seletivos em casos graves, preferencialmente biológicos, como espinosade ou lambda-cialotrina, para evitar impactos sobre insetos benéficos. Caso opte por tratamentos químicos, utilizar formulações à base de acetamiprido, cipermetrina, deltametrina, esfenvalerato ou fostiazato.
8. Cochonilhas e escamas (Coccoidea)
As cochonilhas e escamas são insetos sugadores que se alimentam da seiva das plantas por meio de seu aparelho bucal especializado. Essas pragas são encontradas em uma grande variedade de cultivos e plantas ornamentais, enfraquecendo-as ao extrair nutrientes e deixando secreções açucaradas que favorecem o crescimento de fungos como a fumagina. Algumas espécies também podem transmitir doenças às plantas.
Identificação
Cochonilhas farinhentas: Cobertas por uma substância branca e algodonosa. Agrupam-se em folhas, caules e raízes.
Cochonilhas de escama: Apresentam um escudo duro e arredondado que se adere aos ramos e folhas, dificultando sua remoção.
Ninfas: Pequenas e móveis no início, mas as de escama tornam-se fixas à medida que amadurecem.
Sinais/danos
Perda de vigor na planta devido à sucção de seiva.
Amarelecimento e deformação das folhas.
Presença de secreções pegajosas (melada) que favorecem o crescimento de fumagina.
Escudos aderidos a caules e folhas no caso das cochonilhas de escama.
Controle
Controle biológico: Uso de predadores naturais, como joaninhas (Cryptolaemus montrouzieri) e vespas parasitoides.
Métodos culturais: Podar ramos infestados, melhorar a ventilação das plantas e eliminar restos vegetais.
Soluções caseiras: Aplicar sabão de potássio, óleo de neem ou álcool isopropílico com um algodão diretamente sobre as cochonilhas.
Controle químico: Em infestações graves, aplicar inseticidas sistêmicos como abamectina, piretrinas, acetamiprido, azadiractina, cipermetrina, deltametrina, lambda-cialotrina, piriproxifeno, spirotetramato, tau-fluvalinato ou óleos hortícolas para sufocar os insetos. Vale lembrar que as cochonilhas de escama estão protegidas contra inseticidas de contato e óleos, que afetam apenas as ninfas. Por isso, é necessário o uso de inseticidas sistêmicos para eliminar os adultos.
Quer saber mais sobre as cochonilhas e como se livrar delas?
9. Besouros (Coleoptera)
Os besouros são um dos grupos mais numerosos e diversos de insetos, com milhares de espécies que afetam as plantas. Esses insetos podem ser tanto herbívoros quanto carnívoros, e em sua fase larval e adulta, algumas espécies causam danos significativos a cultivos agrícolas e plantas ornamentais. Os besouros se alimentam de folhas, caules, raízes ou frutos, e muitos também são conhecidos por sua capacidade de destruir grandes quantidades de cultivos, como o besouro do patógeno Diabrotica virgifera ou o Acanthoscelides obtectus nos feijões.

Identificação
Adultos: Os besouros têm corpos duros e de forma ovalada ou arredondada, com antenas bem desenvolvidas. O tamanho varia conforme a espécie, mas geralmente mede entre 3 e 20 mm de comprimento.
Larvas: Normalmente possuem formato curvado, corpos segmentados e são, na maioria, brancas ou de cor creme. Desenvolvem-se no solo ou nos caules e raízes das plantas.
Ovos: São depositados perto das raízes ou em brotos jovens, dependendo da espécie.
Sinais/danos
Folhas perfuradas ou mordidas, o que afeta a fotossíntese da planta.
Raízes danificadas no caso de besouros subterrâneos, que podem enfraquecer gravemente as plantas.
Deformações nos frutos ou sinais de perfuração em frutos e caules.
Presença de excrementos ou cascas de ovos próximas das áreas afetadas.
Queda na qualidade e produtividade das culturas como milho, soja e hortaliças.
Controle
Controle biológico: Introduzir predadores naturais como nematoides entomopatógenos, como Steinernema sp., vespas parasitoides e aves insetívoras.
Métodos culturais: Rotação de culturas, eliminação de restos vegetais e o uso de culturas armadilha para diminuir a população de besouros.
Soluções caseiras: Utilizar óleo de neem ou sabões inseticidas, aplicados nas áreas afetadas para dissuadir ou eliminar os besouros.
Controle químico: Em casos graves, pode-se aplicar inseticidas como piretroides ou formulações à base de acetamiprido, azadiractina, cipermetrina, clorantraniliprol, deltametrina, lambda-cialotrina ou espinosade..
10. Mosquitos de los hongos (Sciaridae e Cecidomyiidae)
Os mosquitos dos fungos são pequenos insetos pertencentes às famílias Sciaridae e Cecidomyiidae. Frequentemente, são chamados de moscas dos fungos devido à sua afinidade por ambientes úmidos e ricos em matéria orgânica, como estufas e solos de plantas em vasos. Embora os adultos não representem uma ameaça direta para as plantas, suas larvas podem causar danos graves às raízes e ao sistema de crescimento das plantas.

Identificação
Adultos: Os mosquitos dos fungos são insetos pequenos, medindo aproximadamente de 2 a 5 mm de comprimento. Possuem um corpo delgado, de cor preta ou cinza, e asas translúcidas. Suas longas patas e antenas permitem que se movimentem com facilidade no ar e na superfície do solo.
Larvas: As larvas são translúcidas, com a cabeça preta e formato de verme. Podem atingir até 1 cm de comprimento quando totalmente desenvolvidas. Geralmente, são encontradas na camada superior do solo ou em substratos para vasos, onde se alimentam das raízes das plantas e da matéria orgânica em decomposição.
Sinais/danos
Presença de mosquitos adultos ao redor das plantas recém-regadas ou em áreas com alta umidade, como estufas e interiores de casas.
Danos às raízes: As larvas alimentam-se das raízes finas e da matéria orgânica em decomposição, o que pode enfraquecer as plantas e causar murchamento. Os sintomas incluem folhas amareladas, crescimento atrofiado e raízes com aparência danificada ou podre.
Apodrecimento das raízes: Os danos causados pelas larvas favorecem o apodrecimento das raízes, podendo levar à morte da planta se a infestação for grave.
Controle
Controle biológico: Introduzir predadores naturais, como nematoides entomopatogênicos do gênero Steinernema sp., bactérias como Bacillus thuringiensis ou certos insetos predadores que atacam as larvas dos mosquitos dos fungos.
Métodos culturais: Manter um ambiente seco e bem ventilado para reduzir a umidade excessiva que favorece a reprodução desses insetos. Também é importante evitar o excesso de irrigação, pois as condições úmidas promovem a proliferação dos mosquitos. O uso de armadilhas cromáticas ou adesivas amarelas pode ajudar no controle.
Controle químico: Em casos de infestações graves, podem ser utilizados inseticidas específicos contra os mosquitos dos fungos. A aplicação deve ser feita de forma localizada, preferencialmente na área do solo onde as larvas se alimentam.
Técnicas preventivas: Utilizar uma camada de areia grossa sobre a terra dos vasos ou no solo do jardim pode ajudar a impedir que as moscas depositem ovos. Além disso, o uso de armadilhas adesivas amarelas pode auxiliar na redução da população de mosquitos adultos.
O controle dos mosquitos de fungos depende do monitoramento da umidade e da aplicação de estratégias preventivas para evitar que se tornem uma praga significativa, especialmente em ambientes fechados como estufas ou plantas de interior.
11. Psílidas ou Psilas (Psylloidea)
Os psílidos, também conhecidos como psilas ou piolhos das plantas, são pequenos insetos sugadores que se alimentam da seiva de diversas espécies vegetais. São especialmente problemáticos em árvores frutais e cítricas, onde podem causar danos diretos e indiretos ao transmitir doenças. Algumas espécies, como a Diaphorina citri, são vetores da doença do amarelamento dos cítricos (Huanglongbing, HLB), uma das mais devastadoras para esse tipo de cultivo.

Identificação
Adultos: Medem entre 2 e 5 mm de comprimento, com corpos alongados e asas translúcidas. Podem se assemelhar a pequenas cigarras em miniatura.
Ninfas: Possuem formato achatado, corpos ovais e são cobertas por uma substância cerosa branca.
Ovos: Depositam seus ovos nos brotos jovens e na parte inferior das folhas.
Sinais/danos
Folhas enroladas ou deformadas devido à alimentação das ninfas.
Excreções brancas cerosas ou pegajosas nos brotos e folhas.
Melada e fumagina como consequência da secreção açucarada que produzem.
Amarelamento e enfraquecimento da planta.
Transmissão de doenças, como o HLB em citros, que causa deformação e perda dos frutos.s.
Controle
Controle biológico: Introduzir inimigos naturais, como vespas parasitoides, além de predadores como joaninhas e crisopídeos.
Métodos culturais: Podar as partes afetadas, eliminar brotos jovens em excesso e manter a sanidade do pomar.
Soluções caseiras: Aplicar sabão de potássio, extrato de nim ou utilizar armadilhas adesivas amarelas para capturar os adultos.
Controle químico: Em infestações graves, aplicar inseticidas sistêmicos como abamectina, piretrinas, acetamiprida, azadiractina, cipermetrina, deltametrina, lambda-cialotrina, piriproxifeno, spirotetramato, tau-fluvalinato ou óleos hortícolas para sufocar os insetos. É importante lembrar que as ninfas de algumas espécies estão protegidas por uma carapaça, tornando os inseticidas de contato ou óleos pouco eficazes ou ineficazes. Por isso, é necessário aplicar inseticidas sistêmicos para eliminar as ninfas e óleos hortícolas para controlar os adultos.
Quer saber mais sobre os psilídeos e como se livrar deles?
12. Percevejos fitófagos (Hemiptera: Miridae, Pentatomidae, Coreidae e outros)
As percevejos fitófagos são insetos sugadores que se alimentam da seiva das plantas e estão entre as principais pragas de cultivos agrícolas e ornamentais. Esses percevejos são conhecidos por causar danos tanto diretos, ao perfurar as células vegetais para extrair seiva, quanto indiretos, ao transmitir doenças virais. As espécies mais comuns incluem os percevejos verdes (como Nezara viridula) e os percevejos das plantas, que afetam principalmente cultivos de tomate, pepino, pimentões, entre outros.

Identificação
Adultos: Os percevejos fitófagos possuem corpos de formatos variados (triangular, ovalado ou alongado), geralmente de tamanho pequeno a médio (5-15 mm de comprimento). Sua coloração varia conforme a espécie, podendo ser verde, marrom ou cinza. Costumam ter antenas longas e patas adaptadas para o salto.
Ninfas: São menores que os adultos e geralmente apresentam uma coloração mais clara, com menos definição nos padrões corporais.
Ovos: Possuem formato ovalado ou elíptico e são depositados em folhas ou caules, geralmente agrupados em cachos.
Sinais/danos
Deformação das folhas: Os percevejos fitófagos causam manchas amarelas ou pálidas devido à sucção da seiva.
Deformação de frutos e sementes: Em cultivos como tomate e pepino, podem provocar cicatrizes nos frutos ou deformações visíveis devido à sua alimentação.
Presença de manchas de necrose ou áreas murchas ao redor da zona de alimentação.
Exsudados pegajosos (melada) nas folhas e caules devido às secreções dos percevejos, o que também favorece o crescimento de fungos como a fumagina.
Redução do rendimento das lavouras, afetando a fotossíntese e a formação dos frutos.
Controle
Controle biológico: Introduzir predadores naturais, como joaninhas, que se alimentam dos ovos e ninfas, além de vespas parasitoides que atacam os percevejos em seus estágios imaturos. Também é possível utilizar nematoides parasitas, como Steinernema sp..
Métodos culturais: Remover plantas infestadas ou restos vegetais onde os percevejos possam se abrigar. Praticar a rotação de culturas e utilizar barreiras físicas, como telas, para impedir a entrada dos percevejos nas plantações.
Soluções caseiras: Aplicar extratos de alho, sabão de potássio ou óleo de nim para repelir ou eliminar os percevejos.
Controle químico: Em infestações severas, podem ser utilizados inseticidas como piretroides ou formulações à base de acetamiprida, azadiractina, cipermetrina, clorantraniliprole, deltametrina, lambda-cialotrina ou espinosade.
13. Gorgulhos (Curculionidae)
Os gorgojos são uma família de insetos dentro da ordem Coleoptera, conhecidos pelo seu distintivo focinho alongado. São pragas comuns em uma variedade de cultivos agrícolas e alimentos armazenados, sendo encontrados se alimentando de grãos, sementes, raízes e outros tecidos vegetais. Muitos gorgojos são prejudiciais tanto na sua fase adulta quanto na fase larval, quando se alimentam das plantas e armazenam seus ovos dentro dos tecidos vegetais, causando danos significativos.

Identificação
Adultos: Os gorgojos são insetos pequenos a médios, geralmente de 2 a 10 mm de comprimento, com corpo ovalado e alongado. Possuem um focinho distintivo que lhes permite perfurar as plantas para se alimentar e depositar seus ovos. Sua coloração varia entre marrom, preto e cinza, dependendo da espécie.
Larvas: São pequenas, brancas e sem patas, com corpo curvado. Desenvolvem-se dentro das plantas ou grãos que infestam, onde se alimentam e causam danos.
Ovos: Os gorgojos adultos depositam seus ovos nas partes da planta que estão sendo atacadas, como frutos, sementes ou raízes.
Sinais/danos
Perfurações em sementes, frutos ou raízes devido à alimentação das larvas ou ao bico dos adultos.
Grãos vazios ou danificados (no caso dos gorgojos do grão), o que pode reduzir a qualidade e a quantidade das colheitas armazenadas.
Deformação das plantas devido às larvas que se alimentam dos tecidos vegetais internos.
Folhas amareladas ou murchas, especialmente quando os gorgojos atacam as raízes ou o caule.
Evidências de pó ou restos de fricção em áreas onde as larvas estão se alimentando e escavando.
Controle
Controle biológico: Utilizar inimigos naturais, como vespas parasitoides e predadores como joaninhas ou certas espécies de nematódeos entomopatogênicos, que atacam as larvas dos gorgojos.
Métodos culturais: Eliminar as plantas infestadas, destruir os restos vegetais após a colheita e rotacionar os cultivos para evitar que os gorgojos encontrem um lugar para se reproduzir.
Soluções caseiras: Aplicar óleo de neem, extrato de alho ou sabão potássico para repelir ou eliminar os gorgojos das plantas.
Controle químico: Em infestações graves, podem ser usados inseticidas específicos para gorgojos, como piretroides, aplicados de forma localizada para proteger as plantas e minimizar o impacto sobre os insetos benéficos, ou formulados à base de cipermetrina, deltametrina, lambda cihalotrina, teflutrina ou clorantraniliprol.
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